“Portas” é o mais recente álbum solo de Marisa Monte, gravado durante a pandemia, com bases feitas em estúdio no Rio de Janeiro. Posteriormente, aconteceram sessões remotas em Lisboa, Los Angeles, Madri, Barcelona e Nova York. O trabalho conta ainda com arranjos de Arthur Verocai, Antonio Neves e Marcelo Camelo e participações especiais de Seu Jorge e Flor. O disco foi mixado entre Rio de Janeiro, Los Angeles e Nova York e a masterização também foi feita à distancia em Nova York.
Durante mais de 30 anos, Marisa produziu e acumulou uma grande quantidade de arquivos de áudio, audiovisual, fotografias, partituras, áudios de canções sendo compostas, dentre outros, o que foi fundamental para dar vida ao projeto Cinephonia. São 30 canções que fizeram parte de trilhas sonoras dos registros audiovisuais de Marisa, mas que não estavam disponíveis em áudio streaming até junho de 2020.
15 anos após o sucesso mundial do primeiro álbum, Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown voltaram a se reunir em um disco autoral dos Tribalistas, lançado com uma transmissão ao vivo de grande impacto no Facebook dos artistas. A live foi vista simultaneamente, durante uma hora, por 6 milhões de fãs em 52 países. No repertório, mais sucessos, como “Aliança”, “Fora da Memória” e “Diáspora”. O grupo realizou uma turnê nacional e internacional no ano seguinte, lançando também o álbum “Tribalistas Ao Vivo” em 2018.
“O Que Você Quer Saber de Verdade” foi produzido por Marisa e co-produzido pelo grande amigo e instrumentista Dadi. O disco aprofundou a relação de criação de Marisa com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. Trouxe novidades como a primeira parceria com Rodrigo Amarante na canção “O Que Se Quer” e convidados como o produtor e multi instrumentista Gustavo Santaolalla, do grupo Café de Los Maestros e Miguel Atwood-Ferguson nos arranjos.
Marisa produziu e lançou dois projetos simultâneos e muito diferentes: “Universo Ao Meu Redor” que trazia uma profunda pesquisa do samba carioca e “Infinito Particular“ com músicas com Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Adriana Calcanhotto, Marcelo Yuka e Seu Jorge, que resultou na sua volta aos palcos após o nascimento do primeiro filho.
Marisa, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes lançaram o disco Tribalistas (2002) após inúmeras parcerias. O sucesso do CD foi nacional e internacional com uma coleção de hits, “Já Sei Namorar”, “Velha Infância” e “Passe em Casa”. Nesse mesmo ano, a paixão pela Portela, Escola de Samba do coração da cantora, resultou em mais dois discos produzidos por ela no Phonomotor: “Argemiro Patrocínio” e “Seu Jair do Cavaquinho
O disco “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor” (2000), foi lançado pelo Phonomotor, o próprio Selo Musical da cantora. Apresentou ao público grandes sucessos como “Amor I Love You”, “Não Vá Embora” e “Não É Fácil”.
Marisa Monte se consolidou como produtora com os elogiados “Omelete Man” de Carlinhos Brown e, no ano seguinte, “Tudo Azul” da Velha Guarda da Portela.
“Barulhinho Bom, Uma Viagem Musical” (1996) foi produzido por Marisa e Arto Lindsay e com capa do quadrinista Carlos Zéfiro, pseudônimo de Alcides Caminha. É um álbum híbrido, parte ao vivo com registros do show “Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão”, no Rio de Janeiro, e parte em estúdio, com sete canções inéditas na voz de Marisa, como “Magamalabares” de Carlinhos Brown e “Tempos Modernos” de Lulu Santos.
O terceiro álbum “Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão” (1994) foi gravado em Nova York e no Rio de Janeiro e produzido por Marisa e Arto Lindsay. Com participações especiais de Gilberto Gil, Laurie Anderson, Philip Glass, Velha Guarda da Portela e conjunto Época de Ouro, marcou o início de sua parceria com Carlinhos Brown.
O lançamento de seu segundo disco “Mais” (1991) – com as primeiras parcerias com Nando Reis e Arnaldo Antunes – revelou Marisa Monte como compositora e com um estilo próprio, que refletia suas múltiplas influências musicais. Marisa emplacou outro grande sucesso popular com “Beija Eu”, parceria com Arnaldo Antunes e Arto Lindsay, e mais uma turnê consagradora.
Marisa se apresentava no Teatro Villa Lobos e gravava ao vivo um especial de TV, exibido pela TV Manchete no final do ano, antes mesmo de seu primeiro disco ser lançado. “MM” (1989) trazia samba, jazz, black music, blues, soul, bossa nova e rock. Na turnê nacional e internacional emplacou seu primeiro grande sucesso, “Bem Que Se Quis” (“E Po’ Che Fa’”), versão de Nelson Motta para a canção do italiano Pino Daniele.
Logo na sua primeira apresentação no Jazzmania, no Rio de Janeiro, em setembro de 1987, a repercussão foi enorme: a nova sensação na cena musical brasileira. Rapidamente se tornou conhecida tanto pelo público jovem de rock como pelo público mais adulto de jazz e de MPB.
Com 18 anos, foi morar em Roma disposta a aprofundar os estudos de canto lírico. Antes de voltar para o Brasil, fez um show em Veneza, onde se reencontrou com o produtor Nelson Motta, que dirigiu seus primeiros shows profissionais no seu retorno, produzidos por Lula Buarque de Hollanda.
Nascida no Rio de Janeiro, no dia 1º de julho de 1967, Marisa Monte desde cedo demonstrou interesse por música e, ainda criança, fez aulas de piano e bateria. Amava Maria Callas e Billie Holiday assim como Carmen Miranda e a música brasileira.